Ambientes corporativos têm hoje função estratégica. O modo como uma empresa organiza seu espaço pode determinar o sucesso (ou o fracasso) dos negócios.
Em busca de uma maior integração e acelerado pelas mudanças tecnológicas e econômicas globais a partir dos anos 2000, um novo movimento começa a mudar a paisagem dos escritórios. Nos países desenvolvidos, a integração dos computadores pessoais às rotinas e a popularização da internet provocam a migração de um grande volume de serviços terceirizáveis para regiões em desenvolvimento e de mão de obra mais barata. Este cenário gerou dois resultados mais visíveis: nos EUA e na Europa, especialmente, os escritórios precisam se reinventar para atrair e manter talentos, transformando-se em motores de inovação e criação de valor. É nesse momento que a imagem dos escritórios mais dinâmicos e colaborativos, começa a surgir. Com foco maior no potencial dos indivíduos, a dinâmica das relações humanas começa a interferir na construção dos espaços físicos. Diferentemente de antes, quando os espaços corporativos prezavam pela absoluta padronização, comum viés mais orientado à manutenção e a facilities, hoje os ambientes de trabalho fazem também parte das pautas de líderes e gestores de RH, dada sua condição única de inspirar comportamentos positivos, motivar equipes e, por fim, reter talentos.
MOMENTO DE TRANSFORMAÇÕES
Atualmente, a humanização dos espaços corporativos vai além de um escritório com desenho aberto, o compartilhamento de mesas em estilo coworking ou a chance de trabalhar remotamente em alguns dias da semana, principalmente hoje com a existência de uma pandemia. Observando mais amplamente, este é o momento de transformação onde espaços profissionais – da mesma forma que métodos e processos – precisam incorporar e traduzir a dinâmica da vida contemporânea. Não estamos mais falando de trabalhos com rotinas sempre rígidas e previsíveis, tampouco de fronteiras claras entre a vida pessoal e a profissional. O work-life balance de antes, quando as diferentes esferas da vida estavam mais firmemente delimitadas, transformou-se em um necessário work-life integration, proporcionado pela conectividade e a tecnologia disponível.
NOVO LAY OUT
O que demanda grande atenção nos Projetos ambientes corporativos colaborativos, é a definição de Lay Out, onde passam a ser considerados espaços de uso compartilhado, de uso temporário e para momentos de rápidos “brainstorms”, sem a utilização de salas de reunião isoladas. Criando uma utilização intuitiva dos espaços, sem que a setorização seja determinada por barreiras físicas.
SOLUÇÕES ACÚSTICAS Este modelo acaba por gerar escritórios abertos extremamente densos, consequentemente ruidosos e dispersivos, materializados pelos amplos espaços contínuos repletos dos conhecidos pranchões ou plataformas lineares, com pouca ou nenhuma privacidade. Este novo contexto exige atenção redobrada em Soluções Acústicas, criando inclusive espaços para breves momentos de isolamento para realizar vídeo conferências ou mesmo ligações telefônicas.
SETORIZAÇÃO – USO DO ESPAÇO X MOBILIÁRIO Pesquisas recentes sobre o ambiente de trabalho apontam que há uma correlação direta entre satisfação com o espaço de trabalho e engajamento. Conforme outro estudo, desenvolvido pela Gensler (2019), a satisfação com o espaço de trabalho está diretamente relacionada à disponibilidade de escolha e à variedade de formas de trabalho oferecidas aos colaboradores. Os resultados práticos dessas experiências levam a uma reflexão sobre como estamos trabalhando e produzindo, revelando oportunidades e motivações para a construção de uma nova visão sobre espaços de trabalho enquanto centros da transformação do mundo contemporâneo, considerando o conforto ambiental, com trabalhos de colorimetria, acústica, ergonomia, iluminação e organização. Para a seleção do design do mobiliário e para a setorização por tipo de uso do espaço, podemos considerar:
SETORIZAÇÃO – USO DO ESPAÇO X MOBILIÁRIO Concentração Espaços com alto nível de privacidade, geralmente ocupados por uma pessoa
SETORIZAÇÃO – USO DO ESPAÇO X MOBILIÁRIO Interação Ambientes compartilhados, que equilibram processamento e comunicação.
SETORIZAÇÃO – USO DO ESPAÇO X MOBILIÁRIO Colaboração Espaço que estimula a troca e o contato visual direto entre um grupo de pessoas.
SETORIZAÇÃO – USO DO ESPAÇO X MOBILIÁRIO Descompressão Áreas compartilhadas para momentos de descanso e oxigenação.
Referência: Revista Operis Design
Gostou de conferir essas dicas sobre ambientes de trabalho criativos e quer algumas ideias para aproveitar em seus projetos futuros? Entre em contato conosco e conheça nossas soluções para espaços corporativos!