Qual é a sensação de quando está chegando na sua casa? Como você se sente ao entrar nela? Que emoção o seu trabalho te provoca? O que sente quando pensa em viajar ou caminhar pelo condomínio? Repare a sua volta, e perceba que tudo está ligado à arquitetura direta ou indiretamente.
De modo inesperado profissionais do mundo inteiro devido a pandemia do Covid-19 foram impelidos a trabalhar em casa. Uma das frases mais divulgadas tem sido “fique em casa”. O confinamento obrigatório nos levou a um exercício de olhar para o espaço em que se habita. Esse espaço que é acima de tudo, uma ideia, que tem a capacidade de transmitir sentimentos e emoções.
Os espaços sofrem alterações ao longo do tempo e suas características se transformam conforme a sociedade se organiza, podemos separar alguns exemplos relevantes sobre a atualidade; A arquitetura predial residencial em massa tem sido vítima de uma especulação imobiliária, que resulta em apartamentos pequenos, muitas vezes claustrofóbicos com pé direito baixo, corredores estreitos, ignorando o caminho do sol, perde-se o espaço preparado para o trabalho, para o ócio, para hobby, o espaço na individualidade de cada membro da casa, deixou de pensar e sentir o espaço dos ritos religiosos e/ou espirituais, deixou de pensar e sentir o espaço para a cura, e na maioria das vezes quem mais sofre com a ausência desses espaços articulados são as crianças.
Os apartamentos Studio tem ganhado força em zonas centrais próximo a metro e mobilidade urbana ativa pela organização da sociedade onde se passa pouquíssimo tempo em casa, servindo apenas para o dormir. Porém, devemos estar cientes da importância do espaço habitacional em suas múltiplas tipologias e disciplinas. Os espaços podem ser minimalistas desde que atendam a necessidade do homem.
Podemos citar a arquitetura em sua forma como em outros tempos não se havia janelas nos quartos, devido a uma epidemia de tuberculose se verificou a importância de os espaços terem a necessidade de ventilação e iluminação natural. Deve se levar em consideração na hora de se projetar esses espaços adaptado ao “novo normal”, pós Corona Vírus, onde locais privados e públicos já estão sofrendo algumas alterações, cinemas terão cadeiras mais distantes, assim como restaurantes que pode ter uma espécie de cúpula individual para evitar contato, filas e controle de pessoas por ambiente, além de monitoramento individual para verificar possíveis sintomas de doenças, os locais públicos vão ganhar mais forca do que ambientes internos e fechados, algumas realidades que víamos em filmes já estão acontecendo em alguns lugares do Brasil como cinema drive-in, espetáculos de circo com a plateia no carro, entre muitos outros que podemos citar em outro post.
Aqui queremos chamar atenção para olhar dentro de casa, dentro do condomínio, podemos incluir na decoração um espaço para ‘’pendurar” as máscaras, assim como reservar no armário um local para elas, já que elas são parte do vestuário, e viraram moda. Locais determinados na entrada da residência para higienização das mãos com álcool gel ou água e sabão, tapetes sanitizantes, higienização do que chega da rua para a dispensa.
São novas rotinas totalmente ligadas a higienização e comportamento social, no cumprimentar, se tocar. Imagine a rotina dos condomínios, podemos considerar pequenas cidades? Onde se concentram muitas pessoas por metro quadrado, onde todos deixaram seus trabalhos externos para o home office, a quantidade de delivery e reformas que aconteceram para se adaptar à nova rotina, ou por aproveitar o tempo para mexer no que incomodava em casa.
Os síndicos devem estar atentos às normas recomendadas pela OMS (organização mundial de saúde) e usufruir das tecnologias que garante segurança para o morador e para os prestadores de serviços.
O mundo está mudando muito rápido. Você já pensou em como se adaptar a esse novo normal?
Aqui algumas ideias para ambientes de condomínios:
. Hall – Já existe no mercado sistema de câmera infraverrmelha termográfica para verificar a temperatura de quem entra, e verificar possíveis sintomas de doença e identificador do uso de máscara. Disponibilizar álcool gel com acionamento via pedal;
. Estacionamento – Abertura por controle individual;
. Elevadores – Com acionamento de abertura via sensor por aproximação, tanto nos halls sociais quanto nos hall dos apartamentos. Manter e garantir o distanciamento seguro com 1,80m, indicadores de posicionamento e quantidade de pessoas no elevador sendo respeitar e esperar quando o mesmo estiver ocupado, ainda que não esteja na lotação máxima;
. Limpeza e segurança dos colaboradores – Garantir uso de Epis junto com seus colaboradores com segurança para que estejam protegidos, distanciamento com vidro de proteção, fazer parte da rotina a higienização com ações bactericidas nas trocas de turno e ambientes do condomínio em comum,
. Brinquedoteca – Permitir que os brinquedos da brinquedoteca sejam sanitizados e lavados, ou seja excluir itens como pelúcia se houver, e deixar espaços mais livres de objetos onde se permita uma circulação e distanciamento seguro, além de soluções para limpeza individual;
. Academia – Ter número limite de pessoas, que não seja uma pessoa por aparelho, seja 20% da ocupação comum, e obrigatório o uso de mascaras, e soluções de álcool para limpeza com papel descartável após o uso, e não mais panos compartilhados. Instalar torneiras que sejam acionadas de modo automático por sensores, assim como portas de correr como de shoppings center, ou seja tudo o que puder evitar o contato por mãos.
. Salão de festas – Nem tão cedo serão liberados espaços com aglomeração de pessoas, mas assim que tiverem deverão reduzir o número de pessoas autorizadas a entrar, com um controle rigoroso de uso de máscaras e circulação reduzida no condomínio, permitindo o uso apenas no espaço dentro do salão.
. Bebedouros – excluir bebedouros comuns onde se possa transmitir contato oral ou acumulação por bactérias, preferindo uso de copos descartáveis.
Lembrando que as pessoas são o centro de todo o cuidado, e apesar de todo cuidado não teremos o controle total mas devemos tomar as precauções para que não haja negligencia.
Num futuro não tão distante, devemos usar capacetes individuais transparentes para evitar contagio da rua, como nos filmes e desenhos futuristas, por exemplos os Jetsons, um desenho da década de 60 que vivia com avanço tecnológico que não existia na época porem hoje podemos conviver com algumas coisas, como robô, vídeo conferencia, esteiras rolantes, tudo isso só torna possível pelo desenvolvimento progressivo da evolução.
Comente aqui quais ações você tem visto pós covid-19 que mudaram mais do que os hábitos das pessoas.